As diferentes mulheres africanas

Se a cultura de um país já é diferente da outra,  logo suas mulheres também são diferentes. No caso do continente africano a variedade é ainda maior, já que cada país tem tribos e etnias diferentes. As mulheres africanas é o tema deste documentário da brasileira Eliza Capai, que me deparei hoje no blog Brainstorm 9.

O filme, porém, não está pronto. Ele faz parte do projeto movere.me, e precisa de doações.

Para ver o trailer, clique aqui (não consigo linkar vídeos do Vimeo, se alguém soube, me ajude)

 

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África do Sul desiste das Olimpíadas de 2020

Sábia decisão:  A África do Sul desistiu de querer sediar as Olimpíadas de 2020 para, em troca, se concentrar a dar serviços básicos à população. Leia na íntegra aqui. O Brasil podia seguir o exemplo, não?

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Ben Heine e a realidade inventada na Costa do Marfim.

Voltei. Pois é, pessoal, fiquei um tempo fora e não tenho desculpas para isso. A vida profissional foi roubando meus horários e meus pensamentos até mesmo nas horas livres, a Coata do Marfim teve problemas e eu não conseguia escrever. O Egito teve problemas e eu não conseguia escrever, ainda mais sabendo que ia ter que contextualizar com a Costa do Marfim. Daí veio a Líbia e já era tarde demais, entrei em uma bola de neve.

Mas estou de volta para mostrar o trabalho do fotógrafo e ilustrador Ben Heine, da Costa do Marfim, que me deparei no blog MyCool.

Algumas de suas obras estão na exposição Art Official Concept, em Cabo Verde.  Com fotos e desenhos em papeizinhos, ele imagina uma outra realidade na África. Vejam algumas das fotos.

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Fora da lei é indicado ao Oscar

O filme “Fora da Lei”, do argelino Rachid Bouchareb foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Passado durante a Segunda Guerra Mundial, o longa conta a história de dois irmãos que sobreviveram ao massacre ocorrido na Argélia.

Aí vai o trailer:

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E por falar em rap…

Desculpem se estou sendo repetitiva ao falar de novo de rap. Mas esse grupo da Tanzânia chamado X Plastaz me chamou atenção. E depois de ouvir aquele rap do presidente de Uganda, vocês merecem conhecer música africana  de qualidade. Formado em 1996, o grupo tinha seis membros (um morreu esfaqueado em 2006), inclusive um massai bem tradicional, que usa as roupas típicas e tudo. As músicas também são, em sua maioria cantadas em Swahili. Aliás, o clipe de uma das suas músicas mais famosas, Aha!, fala da vida em uma aldeia massai, e é o primeiro vídeoclipe de hip hop a mostrar uma aldeia da tribo. Confiram:

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Presidente rapper

Preocupado em se reeleger, o presidente de Uganda, Yoweri Museveni  não abriu novas escolas, arrumou as ruas, ou instalou luz elétricas. Ao invés disso ele resolveu virar um rapper, e a música “U want another rap” já virou hit: ela toca nas baladas, no rádio e até como ringtone.

As músicas são cantadas, em sua maioria, em Runyakore, língua falada pela maior parte da população. As letras falam sobre começar do zero mas conseguir se dar bem. Além de ele ter 65 anos, a parte mais estranha dessa história é que ele é presidente há maisde 20 anos e não é como se as eleições por lá fossem muito limpas, né? Aí vai o hit “U Want Another Rap”:

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Que país é esse? Moçambique

O que você sabe sobre Moçambique? Não estou falando de posições geográficas e o nome da capital (Maputo), mas sim da história e cultura de um importante país africano, que além de tudo influenciou muito nossa própria cultura.

Bom, se você não sabe, são poucos os livros que vão de contar. Mas calma que vem aí uma oportunidade muito bacana: o projeto Que País É Este?, no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso, vai oferecer várias palestras sobre o país, a partir de 14 de novembro.

Um dos destaques é a presença de um dos 100 melhores escritores africanos do século XX, Ungulani Ba Ka Khosa, Ele vai falar sobre seu livro Ualalapi, de 1987, que ganhou o prêmio de melhor ficção moçambicana de 1990.

Mas a programação não para por aí e o evento também fala a história e cultura do país, do papel da mulher moçambicana, além de uma parte um pouco clichê, como uma palestra sobre as tranças das mulheres. O evento é gratuito, mas é preciso se inscrever antes pelo telefone 3984-2466. O Centro Cultural Ruth Cardoso fica na Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641, Vila Nova Cachoeirinha. Zona Norte.

Confira a programação completa abaixo:

CAFÉ CULTURAL: “UNGULANI BA KA KHOSA E A CIRANDA DAS VOZES”

Com Luana Antunes Costa (doutoranda em Letras pela USP e autora do livro Pelas águas mestiças da história: uma leitura de “O outro pé da sereia” de Mia Couto). A partir de leitura da obra Ualalapi, de Ungulani Ba Ka Khosa, a pesquisadora apresenta alguns dos recursos estético-discursivos que são pilares da escrita do autor moçambicano. / 50 vagas. Espaço Sarau. Dia 14, das 14h às 16h

DIÁLOGOS: “UNGULANI BA KA KHOSA”

Parceria: Sistema Municipal de Bibliotecas e Biblioteca São Paulo. Pela primeira vez no Brasil, o escritor moçambicano, autor dos livros Ualalapi, vencedor do grande prêmio de ficção moçambicana em 1990, Orgia dos loucos e outros, conversa com o público sobre a produção literária em seu país e sobre sua trajetória como escritor./ 50 vagas. Espaço Sarau. Dia 14, das 16h às 18h

MOÇAMBIQUE – HISTÓRIA E CULTURA

Com Rafael Chivure (mestrando em Relações Internacionais pela Universidade Estadual Paulista). O pesquisador apresenta um panorama sobre a evolução histórica e a diversidade cultural de Moçambique. O documentário Moçambique, produzido pela produtora Videografia em parceria com a TVE Brasil, é exibido antes da palestra./ 50 vagas. Espaço Sarau. Dia 21, das 14h30 às 17h

TECIDOS E IDENTIDADES AFRICANAS

Com Luciane Silva (professora e antropóloga com especialização em diáspora africana pela Universidade de Maryland, EUA). Na África, os diferentes tecidos servem como articuladores das percepções de gênero, geração, etnicidade, filiações política e nacional entre os povos. No vestuário, o pano é também palavra, portador de mensagens sociais. Neste encontro, a antropóloga mostra as produções têxteis industriais do continente, com recorte específico nas capulanas de Moçambique e seus significados./ 50 vagas. Espaço Sarau. Dia 21, das 17h às 18h30

INTERCONEXÕES HUMANAS

Realização: Instituto Voz, Liga dos Direitos Humanos (LDH) e Centro Cultural Brasil Moçambique (CCBM). Encontro com o objetivo de estreitar laços entre Brasil e Moçambique em produção colaborativa audiovisual, difundir a produção, fomentar e promover trocas na perspectiva de envolver outros protagonistas e construir políticas públicas entre a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP). / 50 vagas. Espaço Sarau. Dia 27, das 10h às 14h

OFICINA: “TRANÇAS MOÇAMBICANAS – ALIANDO ESTILO, MODA E BELEZA”

Coord.: Leonilda Muatiacale (moçambicana de Tete e doutoranda em Comunicação e Semiótica) e Bernardete João (moçambicana da Zambézia e licenciada em Pedagogia). Desde pequenas, as meninas moçambicanas aprendem a fazer tranças em casa como brincadeira. Depois, compreendem que, aliadas às vestimentas e adornos, as tranças são uma verdadeira arte na cabeça de mulheres e homens que primam pela beleza, moda e pelo estilo próprio de acordo com a sua personalidade./ 20 vagas. Mirante. Dia 27, das 11h às 13h

A MULHER MOÇAMBICANA

Com Lidia Justino Mondlane (mestra em Ciências de Educação e fundadora da Associação Nacional dos Enfermeiros de Moçambique). A pesquisadora fala sobre a mulher moçambicana no campo, no mercado de trabalho e na política e apresenta sua transição e presença na construção do país./ 50 vagas. Espaço Sarau. Dia 27, das 14h30 às 16h

COISAS DE MOÇAMBIQUE

Produção: Tânia Piffer e Sandra Lessa (Senhora Cia. de Arte). Sarau que apresenta a cultura tradicional moçambicana por meio de contos, músicas e danças. No final do encontro, ocorre um desfile de capulanas com Julieta e Delicia Catarina./ 100 vagas. Espaço Sarau. Dia 27, das 17h às 19h

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Como ficam os brancos durante os conflitos?

Ao falar das guerras e conflitos na África, muitas vezes as pessoas esquecem de mostrar da situação dos brancos, normalmente europeus, que ficaram no país quando o caos começa. É este o ponto que do novo longa de Claire Denis, com Isabelle Huppert e Chistopher Lambert aborda.

O filme é inspirado no livro “A Erva Canta”, de Doris Lessing e, sem identificar o país em que a trama se passa, “Minha Terra, África” acompanha Maria, uma mulher corajosa e apaixonada pelo lugar onde mora, que apesar da rebelião que acaba de começar, não quer largar sua plantação de café. Seu ex-marido, André, com medo da resistência da mulher, dá um jeito de sair do país sem que ela saiba, e deixa a moça numa roubada.

Para pirar, mal sabe ela que o líder rebelde está escondido na sua fazenda, e que crianças soldado estão na floresta em volta do lugar.  A produção é uma parceria da França com Camarões, foi indicada ao Leão de Ouro no Festival de Veneza de 2009 e entra em cartaz 5 de novembro. O trailer vai abaixo.
(White Material. França/Camarões/2009. 100 min) Drama. Diretor: Claire Denis. Elenco: Isabelle Huppert, Christopher Lambert, Nicolas Duvauchelle, Isaach de Bankolé, William Nadylam


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Aeroporto da Somália é atacado e outros links

Não tem desculpas, mas nas últimas semanas não tenho conseguido me dedicar direito ao blog, e fazer posts mais completos, e analíticos. Separei alguns links interessantes:

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A dança dos mortos vivos

A cultura ocidental pode ser boa em muitas coisas, mas não em lidar com a morte. Isso não é o que acontece na África, e é isso o que podemos concluir com essa reportagem do NY Times, sobre o dia em que a população desenterra os mortos dos seus túmulos para festejar com eles nas ruas. O ritual, que acontece a cada 7 anos por ser algo caro de se fazer, tem o objetivo de relembrar seus ancentrais e explicar aos mais novos que eles devem ser respeitados.

Alguns podem achar essa tradição macabra, mas é só lembrar de Quincas Berro D`Agua, de Jorge Amado, para perceber que a ideia está mais para engraçada (sem querer desrespeitar a tradição de ninguém). Assista ao vídeo aqui.

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