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Viagem ao Marrocos

A grande diferença cultural entre a África subsaariana e a África do Norte faz com que muita gente esqueça que países como o Marrocos e o Egito façam parte do continente africano. Uma amiga minha, a Lívia Barros, viajou até o Marrocos e escreveu um relato bem interessante e cheio de dicas bacanas para o site Around The World. Não são só as fotos, mas o jeito que ela escreve me levaram diretamente para as terras marroquinas, como se eu também estivesse lá. Republico o texto aqui. Boa viagem:

Marrocos é um país de extremos e por isso é possível sentir o famoso choque cultural! Principalmente, quando o percurso é via Europa, onde o contraste e as semelhanças se misturam, em continentes tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes.
Durante a viagem, o país tras momentos diferentes: repleto de locais exóticos e praias, onde vários idiomas e religião se misturam, com culinária e cultura de coloridas expressões demonstradas por várias fortalezas e alguns marcos de arquitetura civil e religiosa, além de um povo acolhedor e simpático.
Fechamos um pacote quando estávamos em Sevilha, só para passar o final de semana. Preço bom, esquema bom, e a gente já tava lá mesmo!
Ao Sul da Espanha, existem muitas agências que organizam excursões e viagens de qualidade por todo o Marrocos, desde as melhores cidades até montanhas, praias e o Deserto do Saara.
Pegamos um onibus até a cidade de Tarifa, e outro até o ferry-boat que partia às 11 horas da manhã. Chegamos em Tanger, e no percurso já conhecemos um jornalista americano, convertido ao islamismo, que pretendia fazer alguns programas “fora do pacote”. E assim, acabamos conhecendo os costumes dos marroquinos locais mais típicos…
Na região Norte de Marrocos, os idiomas se misturam: espanhol, francês, inglês, e dentre as comidas típicas, comemos até carne de pomba na massa folheada (e olha que sou vegetariana..rs)
Chefchaouen é uma cidade bonita com edifícios da antiga medina dentro das muralhas, que são todas pintadas em cal branca e azul turquesa. Já nas montanhas do Riff para além de Chefchaouen, existe uma das zonas no mundo com mais produção de marijuana. O haxixe para a o Sul da Europa vem principalmente dali. Há leis antigas de Reis marroquinos que deram autorização a esta zona do Riff para produzirem legalmente. Como os reis precedentes não podem negar ou cancelar leis antigas, esta zona tem agora, um certo silêncio governamental, mesmo com muita pressão internacional.
A 50km de Riffe está Asilah, cercada de muralhas e próxima ao mar, é uma cidade linda de se fotografar, com muitos restaurantes, onde se pode provar peixes e tajines deliciosos.
Há hospedagem em Marrocos para todos os gostos e bolsos. Pode-se gastar 3 Euros para dormir em um terraço de hotel em Marrakech, ou até 100 euros para ficar em uma “Riad”. Os quartos de alberge custam algo em torno de 10 a 30 euros por pessoa. Já uma “Riad” com “pequeno-almoço”, custa de 45 euros até 500 euros por pessoa. Um hotel citadino pode ir de 10 Euros até 40 euros por pessoa. E por ai vai…
Uma Riad é uma casa do fim do século XVIII ou século XIX, antigamente habitadas pela alta burguesia marroquina, que com o passar dos tempos se mudaram para cidades mais desenvolvidas. Há Riads para todos os estilos e para todos os preços. As melhores cidades para se ficar em riads são: Marrakech, Fez e Ouarzazate.
As temperaturas no Marrocos oscilam muito. No litoral mediterrâneo podem chegar a 10 graus no inverno entre janeiro e fevereiro quando as chuvas são constantes. Em Julho são registradas temperaturas de 45 graus no interior de Marrocos, chegando a 50 no deserto!!
Por se tratar de um país essencialmente mulçumano, não custam salientar algumas dicas importantes:
1- Não esquecer, que para a moral islâmica, uma vestimenta extravagante ou ousada pode resultar ofensiva;
2- Nunca utilizar a palavra “Mouros”;
3- Ao fazer compras, é quase obrigatório uma barganha, pechincha, ou como você quiser chamar, o que importa é negociar o preço, que muitas vezes sai por metade do inicialmente pedido. Mas atenção: nunca recusar a compra se o vendedor aceitou a tua oferta;
4-Leve material escolar (cadernos, esferográficas, etc..) para oferecer às crianças que vão te abordar (e não são poucas);
5- Pedir autorização, sempre que se pretenda tirar uma foto a alguém nativo, assim você evita situações constrangedoras;
6-Beba SEMPRE água mineral engarrafada

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