Arquivo do mês: novembro 2010

E por falar em rap…

Desculpem se estou sendo repetitiva ao falar de novo de rap. Mas esse grupo da Tanzânia chamado X Plastaz me chamou atenção. E depois de ouvir aquele rap do presidente de Uganda, vocês merecem conhecer música africana  de qualidade. Formado em 1996, o grupo tinha seis membros (um morreu esfaqueado em 2006), inclusive um massai bem tradicional, que usa as roupas típicas e tudo. As músicas também são, em sua maioria cantadas em Swahili. Aliás, o clipe de uma das suas músicas mais famosas, Aha!, fala da vida em uma aldeia massai, e é o primeiro vídeoclipe de hip hop a mostrar uma aldeia da tribo. Confiram:

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Arquivado em Cultura, rap africano, Tanzânia

Presidente rapper

Preocupado em se reeleger, o presidente de Uganda, Yoweri Museveni  não abriu novas escolas, arrumou as ruas, ou instalou luz elétricas. Ao invés disso ele resolveu virar um rapper, e a música “U want another rap” já virou hit: ela toca nas baladas, no rádio e até como ringtone.

As músicas são cantadas, em sua maioria, em Runyakore, língua falada pela maior parte da população. As letras falam sobre começar do zero mas conseguir se dar bem. Além de ele ter 65 anos, a parte mais estranha dessa história é que ele é presidente há maisde 20 anos e não é como se as eleições por lá fossem muito limpas, né? Aí vai o hit “U Want Another Rap”:

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Que país é esse? Moçambique

O que você sabe sobre Moçambique? Não estou falando de posições geográficas e o nome da capital (Maputo), mas sim da história e cultura de um importante país africano, que além de tudo influenciou muito nossa própria cultura.

Bom, se você não sabe, são poucos os livros que vão de contar. Mas calma que vem aí uma oportunidade muito bacana: o projeto Que País É Este?, no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso, vai oferecer várias palestras sobre o país, a partir de 14 de novembro.

Um dos destaques é a presença de um dos 100 melhores escritores africanos do século XX, Ungulani Ba Ka Khosa, Ele vai falar sobre seu livro Ualalapi, de 1987, que ganhou o prêmio de melhor ficção moçambicana de 1990.

Mas a programação não para por aí e o evento também fala a história e cultura do país, do papel da mulher moçambicana, além de uma parte um pouco clichê, como uma palestra sobre as tranças das mulheres. O evento é gratuito, mas é preciso se inscrever antes pelo telefone 3984-2466. O Centro Cultural Ruth Cardoso fica na Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641, Vila Nova Cachoeirinha. Zona Norte.

Confira a programação completa abaixo:

CAFÉ CULTURAL: “UNGULANI BA KA KHOSA E A CIRANDA DAS VOZES”

Com Luana Antunes Costa (doutoranda em Letras pela USP e autora do livro Pelas águas mestiças da história: uma leitura de “O outro pé da sereia” de Mia Couto). A partir de leitura da obra Ualalapi, de Ungulani Ba Ka Khosa, a pesquisadora apresenta alguns dos recursos estético-discursivos que são pilares da escrita do autor moçambicano. / 50 vagas. Espaço Sarau. Dia 14, das 14h às 16h

DIÁLOGOS: “UNGULANI BA KA KHOSA”

Parceria: Sistema Municipal de Bibliotecas e Biblioteca São Paulo. Pela primeira vez no Brasil, o escritor moçambicano, autor dos livros Ualalapi, vencedor do grande prêmio de ficção moçambicana em 1990, Orgia dos loucos e outros, conversa com o público sobre a produção literária em seu país e sobre sua trajetória como escritor./ 50 vagas. Espaço Sarau. Dia 14, das 16h às 18h

MOÇAMBIQUE – HISTÓRIA E CULTURA

Com Rafael Chivure (mestrando em Relações Internacionais pela Universidade Estadual Paulista). O pesquisador apresenta um panorama sobre a evolução histórica e a diversidade cultural de Moçambique. O documentário Moçambique, produzido pela produtora Videografia em parceria com a TVE Brasil, é exibido antes da palestra./ 50 vagas. Espaço Sarau. Dia 21, das 14h30 às 17h

TECIDOS E IDENTIDADES AFRICANAS

Com Luciane Silva (professora e antropóloga com especialização em diáspora africana pela Universidade de Maryland, EUA). Na África, os diferentes tecidos servem como articuladores das percepções de gênero, geração, etnicidade, filiações política e nacional entre os povos. No vestuário, o pano é também palavra, portador de mensagens sociais. Neste encontro, a antropóloga mostra as produções têxteis industriais do continente, com recorte específico nas capulanas de Moçambique e seus significados./ 50 vagas. Espaço Sarau. Dia 21, das 17h às 18h30

INTERCONEXÕES HUMANAS

Realização: Instituto Voz, Liga dos Direitos Humanos (LDH) e Centro Cultural Brasil Moçambique (CCBM). Encontro com o objetivo de estreitar laços entre Brasil e Moçambique em produção colaborativa audiovisual, difundir a produção, fomentar e promover trocas na perspectiva de envolver outros protagonistas e construir políticas públicas entre a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP). / 50 vagas. Espaço Sarau. Dia 27, das 10h às 14h

OFICINA: “TRANÇAS MOÇAMBICANAS – ALIANDO ESTILO, MODA E BELEZA”

Coord.: Leonilda Muatiacale (moçambicana de Tete e doutoranda em Comunicação e Semiótica) e Bernardete João (moçambicana da Zambézia e licenciada em Pedagogia). Desde pequenas, as meninas moçambicanas aprendem a fazer tranças em casa como brincadeira. Depois, compreendem que, aliadas às vestimentas e adornos, as tranças são uma verdadeira arte na cabeça de mulheres e homens que primam pela beleza, moda e pelo estilo próprio de acordo com a sua personalidade./ 20 vagas. Mirante. Dia 27, das 11h às 13h

A MULHER MOÇAMBICANA

Com Lidia Justino Mondlane (mestra em Ciências de Educação e fundadora da Associação Nacional dos Enfermeiros de Moçambique). A pesquisadora fala sobre a mulher moçambicana no campo, no mercado de trabalho e na política e apresenta sua transição e presença na construção do país./ 50 vagas. Espaço Sarau. Dia 27, das 14h30 às 16h

COISAS DE MOÇAMBIQUE

Produção: Tânia Piffer e Sandra Lessa (Senhora Cia. de Arte). Sarau que apresenta a cultura tradicional moçambicana por meio de contos, músicas e danças. No final do encontro, ocorre um desfile de capulanas com Julieta e Delicia Catarina./ 100 vagas. Espaço Sarau. Dia 27, das 17h às 19h

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