Não quero soar repetitiva, mas acabo de ler duas notícias sobre Ruanda que não dá para deixar de comentar. A primeira é um projeto nunca antes feito no mundo vai usar os os gases vulcânicos presos no fundo do lago Kivu para gerar energia para o país durante décadas. O plano é muito bacana também pelo fato de o lago oferecer um risco incomum de explodir por causa dos gases (só existem mais dois lagos assim, os dois no Camarões), o que mataria milhares de pessoas que vivem ao seu redor, e a iniciativa também reduz as chances de que isso aconteça.
A energia é gerada a partir do metano, principal gás da mistura, que é separado, quando a água do lago é extraída. A Usina estatal Kibuye já produz mais 4% do fornecimento do país e em dois anos eles já devem suprir 2/3 da necessidade do país. Até agora só uma em 14 casas possuem energia elétrica. O projeto também incentivou empresas locais e estrangeiras a investirem milhões nas margens do lago. Mas Cindy Erbinger, uma professora da universidade de Rochester que fez um estudo sobre o lago no começo do ano, diz que ainda é preciso fazer mais estudos para ver os efeitos da água e do dióxido de carbono, ao serem bombeados de volta ao lago. Leia a matéria completa está no The Guardian.
A segunda notícia saiu no site da The Economist e é sobre o jornalista Philip Gourevitch, que escreveu em 1998 o “Gostaríamos de informá-los que amanhã seremos mortos com as nossas famílias”, um livro bem completo sobre o genocídio. Ao voltar ao país no ano passado ele ficou impressionado com as mudanças positivas no país e vai escrever um novo livro, com o objetivo de analisar como se deram essas mudanças, que pareciam impossíveis de acontecer.